Frequentemente ouvimos de anunciantes que seus concorrentes têm o hábito de clicar maliciosamente em seus anúncios, para que a verba diária se esgote rapidamente.
Em alguns casos, é possível comprovar que algum comportamento incomum tenha de fato acontecido. Por exemplo, um anunciante hipotético costuma ter uma média de 1.000 cliques por dia. Em um determinado dia ou semana, percebe que, em poucas horas, foram atingidos esses mesmos 1.000 cliques. Em um outro exemplo, o anunciante possui uma conversão de meta de 10%. Os usuários que entram no site costumam preencher um formulário para solicitar mais informações de um produto. De repente, essa caixa cai para 0,5%. Um terceiro anunciante tinha uma taxa de rejeição (número de usuários que saem de seu site já na primeira página) de 20% e, de repente, passa a ter uma taxa de rejeição de 80%.
Existem diversas causas naturais possíveis para esse comportamento atípico, como por exemplo:
Uma das formas de se identificar as origens dos cliques é por meio da análise dos logs onde está hospedado o servidor. Geralmente, é possível analisar os endereços IP dos visitantes e identificar a sua origem geográfica.
Vários anunciantes mal-intencionados costumam clicar inúmeras vezes nos links patrocinados de seus concorrentes com a esperança de acabar com o orçamento diário destes. Com isso, esperam aparecer em destaque, sem a presença da concorrência. Além disso, vários proprietários de sites que são remunerados pelas propagandas das suas páginasvia Google Adsense clicam repetidamente em anúncios que aparecem em seu site para aumentarem a sua receita. Não satisfeitos, incentivam amigos a fazerem o mesmo.
Vários destes anunciantese donos de sites mal-intencionados desenvolvem robôs (clickbots) ou ferramentas de automação de cliques para que isso aconteça automaticamente nos anúncios e assim conseguir com isso o aumento da receita ou prejudicar os concorrentes. Existem inclusive "associações" cujos membros recebem listas de sites para clicar e gerar receita a seus proprietários, em troca de um percentual da receita gerada. Um artigo da Business Week americana que aborda o tema Click Fraud estimou em US$ 1 bilhão o valor de cliques inválidos gerados em um ano, ou seja, entre 10 e 15% do total de receita gerada com cliques em 2005.
Esse mesmo artigo informa ainda que o FBI começava na época a investigar se essas práticas violam de alguma forma as leis federais americanas. Até aquele ponto, violavam apenas as diretrizes do Google, Yahoo, MSN e demais provedores de soluções de links patrocinados.
Nota: cliques inválidos acontecem na grande maioria das vezes na rede de Display, com indivíduos que capitalizam em cima de sites próprios com anúncios. Existe uma porcentagem bem menor de cliques inválidos gerados de links patrocinados na SERP (Search Engine Results Page).
O Google procura identificar cliques gerados com o intuito de fraudar o seu sistema. Segundo sua definição, cliques inválidos são aqueles gerados por meio de métodos proibidos. Pelos cookies, endereços IP ou outros mecanismos, o Google ressarce os gastos obtidos por meio dos cliques inválidos. Para anunciantes, é possível verificar a taxa de cliques inválidos que os seus anúncios receberam habilitando a respectiva coluna nas informações de campanhas Ads.
Para fazer isso, escolha a opção Desempenho da Campanha e, na opção Adicionar/Remover colunas, selecione Cliques Inválidos. O relatório mostrará o número de cliques identificados como inválidos pelo Google e o seu percentual em relação ao total de cliques.
Caso acredite que o seu anúncio tenha recebido cliques inválidos não identificados pelo Google, entre em contato com o suporte do Ads.